quarta-feira, dezembro 14, 2005

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Hoje sabia exactamente o que te dizer...
Mas quando abri a porta para to dizer vi que não estavas do outro lado, onde sempre pensei que tinhas prometido estar:

Desta vez não fechei a porta: como diz o cantor, quando há uma porta aberta, mais cedo ou mais tarde alguem o saberá - entrei em casa e sentei-me na cadeira mais confortável, afastei a faca que Van Gogh me deixara e estou à espera que dos passos que ouço na rua, um me venha conhecer...

Importante é que a vigília seja tranquila, e a voz que me fala ao coração chamando o teu nome ignoro-a: deixo-a balbuciar até que se canse ou que até que dos passos que vierem por aí adentro, venham mãos cálidas que me tapem os ouvidos, e com lábios nos meus lábios me murmure um novo nome...

Não estou à espera:

mas alguém há-de me encontrar...

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