sábado, agosto 12, 2006




















[Hieronymous Bosch_A Tentação de St. António]
...

Ouviu-se o outro dia: o único inferno é a solidão.

E hoje, porque já passaram dias, lembro-me da frase dita e mastigo-a: é esse o calvário que me obriga a ser diferente daquilo que sou.

Dispersa-se a necessidade pela multidão de pessoas que a vida obriga a cruzar connosco e assim finge-se a companhia...
Que até se vive bem nesse rodopio.

Porque afinal o companheirismo é como a luz: dispersa alumia à razão da suficiência, focada brilha com a força vital que te faz feliz...

E depois? Queima-te além ponto de retorno...

Infelizmente ninguém renasce verdadeiramente das cinzas: alguem nos recolhe e junta mas o corpo está fatalmente arruinado...

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