segunda-feira, outubro 09, 2006



[Ernesto Canto da Maya_Adão e Eva]

... porventura é só isto: saber dar e receber de olhos fechados, do espaço vazio que colocaram entre eles, percebe-se na sua cara, buscando sensação, que sentem o calor de cada um. São intímos e despiram-se para se receberem...

6 comentários:

Anónimo disse...

Saber dar e despirmo-nos frente ao outro tem a ver com a nossa capacidade de entrega. Só nos entregamos verdadeiramente ao outro quando assim o queremos, quando nos deixamos inebriar pelos sentidos e guiar pela racionalidade dentro de toda a irracionalidade do amor e da paixão.

Já alguma vez te entregaste assim?

Eu já.

Ludmila disse...

Além dos textos, agora comentários interessantes...

A vida anda animada pela Terra do Nunca...

Bj

Anónimo disse...

ok.
agora tenho mesmo de dizer algo.
à menina desiludida:
as pessoas são como são e o facto de nos desulparmos com a culpa dos outros é quase sempre uma forma de fugirmos aos nossos próprios defeitos.

provavelmente não és a única, mas desculpa lá que te diga dependendo dele ou não, depende unicamente de ti.
que o pedro é mulherengo isso é - e desculpa pedro - mas foi a primeira coisa que te disse e assim o repito - o que não é mau - é assim que os teus amigos te conhecem, gostam e reconhecem como tal. tudo resto não são mais do que comentários.

beijos, fica bem.
j.

Anónimo disse...

ahh! e que por mulherengo não se interprete alguma leviendade, mas sim respeito!

Anónimo disse...

Às fãs do Erro Fatal:

Já conheço o Pedro há tempo suficiente para saber quem ele respeita e não respeita.

Sei que ele me respeita e muito, facto que me faz ainda trazê-lo no coração, juntinho de todos os meus amigos, familiares e conhecidos mais especiais.

A minha desilusão com o Pedro tem mais a ver com a forma como ele sistematicamente vê a vida: da cor o mais negra possível, sem qualquer ponto de partida diferente do de chegada... ele próprio. Este blog é a imagem disso mesmo. Aquilo que ele escreve não é simples liberdade literária; é o que lhe vai na alma. E o que lhe tem ido na alma dos últimos anos para cá tem sido muito negro.

Não podemos cingir o resto da vida a nós próprios, temos de nos abrir para os outros - nem que seja para uma alma gémea. Aquilo que o Pedro faz com os amigos e amigas é apenas dar um pouquinho dele... e muitos "amigos" nem sequer sabem o que ele realmente pode dar.

Não sou uma "menina desiludida". Já sou senhora há bastante tempo (acho que as "meninas" hão-de ser conquistas mais recentes, eu sou da velha guarda). Já sei bastante da vida... e uma das coisas que eu sei da vida é que o Pedro não precisa de ninguém para o defender. Não que ele se saiba defender, mas ele não precisa de ninguém a defendê-lo.

Para além disso, só falo de quem conheço para quem conheço. Excepto quando se tentam armar em psicólogos para cima de mim...

Eu sei o que falhou na minha vida e sei admitir quando tive ou não responsabilidade. Nunca tive medo dessa palavra "responsabilidade", ao contrário de muito boa gente que conheço. Portanto não preciso que alguém se intrometa nas minhas interlocuções com erros fatais para me apontar culpas e defeitos, quando não me conhece...

Ao Pedro:

Que legião tens tu, rapaz! Tenho é pena que tenhas deixado de escrever...

Se tudo aquilo que eu escrevi te deixou a pensar numa apaixonada perdida que anda aí pelo mundo, esquece... tu conheces-me muito bem e um dia destes falaremos sobre estes assuntos, já velhinhos e de bengala, e rir-nos-emos daquilo que tivémos e sentimos um pelo outro. Pode ser que nessa altura já te tenhas encontrado, que a tua vida tenha outra cor e que tenhas menos amargura na voz, no olhar e na escrita.


Bjs.

ERRO FATAL disse...

os textos estão escritos a caneta num caderno. Não parei: falta o tempo de os trocar por teclas...

Até já