
[Vincent van Gogh - Auto-retrato]
...
Não sei se quando olho para ti já te acho normal. Parecem-me apagadas as pistas que deixámos pelo vácuo que um dia prometemos atravessar juntos.
Quiseste e pediste o sacrifício sem saberes que os sacrifícios não se querem nem se esperam: são saltos impulsivos voluntários do outro ser que ama. Porque quer, porque é merecido, porque é inevitável, porque, tantas vezes, se impõe com a força gravítica de um mundo pesando nas costas de Atlas. E o milagre acontece: de um ser despir-se do seu bem estar, demitir-se da sua cura e dar tudo, ridiculamente nu, para a salvação do outro.
Sem pedidos, sem perguntas, sem por favor e, acima de tudo, sem obrigado.
Quando me pediste, impediste eternamente o meu auto-sacrifício. Quando me pediste agrilhoaste para sempre as mãos com que se cumprem promessas. Quando me pediste, enfim, contaminaste o sentimento com o vírus que lhe daria fim: a dúvida...
5 comentários:
Concordo com a tua amiga M.
Estes textos que vens escrevendo dariam uma complilaçao interessante de publicar.
A.C.
Vocês precisam começar a ler mais, para perceberem que isto não tem nem qualidade, nem rigor gramatical, nem estrutura...
Mas obrigado na mesma!
Adoro quando o Mosca faz o charminho!
Tu davas bem era para guardador de Porcos moço!!
Oh que modestia! Fica-te bem! Se é charminho - bem isso agora... ;-)
A.C.
Só te pedi porque eras a minha razão de viver... Porque só contigo fazia sentido...
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