
[Nan Goldin - Couple in Bed, 1972]
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Não sei como podemos viver assim, todos tão falaciosamente crentes que a alma nos serve a coisa alguma... chego sempre à conclusão que esse espírito que julgamos que nos anima, não passa de um feirante de mentiras que engolimos porque no momento ele nos promete o mundo. A verdade? Na realidade na feira só nos vendem aquilo que nós pensamos querer, e dos seus berros promocionais prometeu-me apenas o mundo que eu procurava.
E enquanto cirandava perplexo da minha sorte de te ter encontrado, não consegui ver que eras feita de plástico e os teus olhos estavam avariados...
Para ver a realidade é preciso deixar que as luzes eufóricas da feira se calem, ou então que me batam, porque afinal, a carne do meu corpo nunca me mentiu.
De mim só me mente esse feirante de manga arregaçada que vocês teimam em chamar alma: ou amor...
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