Os dias que nascem e morrem rigorosamente, com a certeza natural das coisas, trazem um novo significado escrito: como se ontem tivesse aprendido a ler na órbita do sol o valor de estar vivo!
E de te ter conhecido!
Se quisesse revelar a um astrónomo a minha descoberta rir-se-ia de mim: mais quando lhe dissesse que o segredo do universo é que as galáxias inteiras que vemos, existem apenas para escrever, encriptado, o teu nome no céu!
Rir-se-ia da ignorância dele! E eu com um sorriso de Galileu conformado, olho outra vez para cima, leio-te nas estrelas e vou ter contigo!
É só seguir a estrela da manhã! Ou o por do sol!
1 comentário:
Um astrónomo sabe a poesia do amor. Mas o astrónomo que ama sabe que muitos amores são mais cometas com passagens fugazes. Ou mesmo asteróides de formas exóticas e órbitas irregulares e por vezes destruidoras. Não estrelas e planetas com ligações coesas e estáveis, pelo que não se pode confiar a ordem e estabilidade do Universo a esse sentimento.
Mas há alturas em que o Universo só parece fazer sentido assim. Outras em que parece assim desmembrar-se. Outras em que o calor do sol filtrado pelas núvens tem que ser o suficiente para nos manter vivos e sorrir com a ideia de todo o calor por detrás das núvens. Calor que pode não chegar nunca, apesar de tanto o desejarmos.
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