Um dia saiu de casa com um ananás na cabeça e as pessoas abordaram-no na rua: queriam saber o que lhe passava pela cabeça para andar com um ananás na cabeça. Respondeu com naturalidade que aquilo não era um ananás, era o seu chapéu! A outros disse coroa...
Como insistiu em cada dia sair de casa com uma fruta diferente na cabeça e insistiu ainda nas inusitadas justificações, a vila habituou-se à sua loucura. Cumprimentavam-no e falavam com ele com toda a naturalidade por mais estranha que lhes parecesse a excentricidade daquele dia: e ele viveu cometendo todo o tipo de disparates.
Um dia, no seu leito de morte, vestido de palhaço como pedira para quando chegasse essa hora, mandou chamar os seus filhos, fechou-se a porta, e com o seu último sorriso confessou-se: A loucura é a única e verdadeira via para a Liberdade do Indivíduo.
Ámen!
2 comentários:
E o prazer está na confissão final.
Morreu por problemas de coluna? É que os dias em que levava melancias e abóboras devia ser doloroso...
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