- Convidei uns amigos para jantar - comunicou o Senhor P. à Senhora P.
- Vais gostar de os conhecer, são gente muito boa.. Do melhor que pude conhecer. - acenando com a cabeça satisfeito - chegam às oito.
Pôs-se a mesa para os comensais: a melhor toalha, os talheres do faqueiro bom, as terrinas antigas e os pratos finos.
Às oito em ponto o Senhor P. levantou-se e foi abrir a porta e, embora ninguém tivesse entrado, cumprimentou-os efusivamente e sorridente.
Trouxe-os à mesa e, para surpresa da Senhora P., apresentou-os à mulher. Sentaram-se se todos e foram servidos e a Senhora P. jantou incrédula, vendo o marido falar para dois pratos servidos de comida e duas cadeiras vazias.
No fim foi-lhes servido café e o Senhor P. foi despedi-los à porta de casa.
Voltou para perto da Senhora P. e perguntou:
- Que achaste deles? Não são gente boa?
A Senhora P. ficou sem saber o que pensar... Se era o Senhor P. que tinha perdido a Razão, ou se teria toda a razão em pensar que aquilo era realmente o que restava de gente boa no mundo lá fora...
Ao adormecer abraçou-se ao Senhor P. e disse-lhe:
- Obrigado P. adorei o jantar.
6 comentários:
UAU!... Brilhante!
Beijinhos,
Ana
Obrigado, EB. Adorei o conto. (`_^)
EB?
Tens razão, enganei-me. Troco as letras todas. Queria dizer: EF (Erro Fatal). (`_^)
(E não foi que escrevi mais uma vez "EB". Ainda bem, desta vez, reparei. Isto meu agora só pode ir a pior, hihihi!)
ehehehehe... E já agora, isto não é de agradecer... :)
Obrigado eu por perderes tempo a ler isto! ;)
Olá
Sei que sou muito tendenciosa a ler estas coisas sobre bipolaridade... mas inspiro fundo e entro na tua ideia.
Somos todos "bipolares". Todos nós gozamos desta bendita capacidade de ponderar sobre as situações, de nos aceitarmos e de nos contrariarmos. Depende do ponto de vista e da inspiração do momento, claro está.
Está tudo bem contigo? Fui ao Porto, mas não nos vimos. Tenho saudades. Quando vens a Lx?
Beijos,
M.
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