O senhor P. disse-lhe dolorido:
- Às vezes a dor é como se o crânio encolhendo-se do mundo espremesse o cérebro incapaz de resistir... outras é como se os nervos dos olhos que os agarram ao cérebro parecessem esticar e ressecar ao ponto de acreditar que um virar de olhos mais brusco os pudesse arrancar das órbitas como se arranca uma erva daninha da terra: pela raíz...
A senhora P. trouxe-lhe uma aspirina e foi-se deitar sozinha...
1 comentário:
Depois de ouvir isso tenho certeza de que a senhora P. não só se foi deitar sozinha, mas trancou bem a porta. E tomou um sonífero.
Enviar um comentário