A senhora P. achava graça numa das manias do Senhor P.; quando ele saía de casa contava os passos e dizia que assim marcava a sua distância emocional ao Ponto Zero - a sua saudade: 1, 2, 3, 4, 5...
Achava bonito que o senhor P. tivesse marcado esse ponto de partida na sua casa e isso era algo que a deixava feliz...
Mas a senhora P. estava equivocada quanto ao Ponto Zero: não sabia que quando ela saía de casa, o senhor P. encostava-se à janela e começava a contar ao ritmo dos passos da mulher: -1, -2, -3, -4, -5...
1 comentário:
O senhor P. não gosta de ser contrariado, pois? Ele já vai ao contrário. `_^
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