A última vez que cá vieste foi para te despedir de alguém de quem sabias que ias sentir tanta falta. Toda a falta que há quando desaparece alguém que amas. E esse tanto é tudo e aprende-se que esse tudo pode ainda ser mais. Soubeste-o mal puseste os pés na tua terra. E tremeste assustado.
Estás de volta porque, de quando a quando, voltas. É isso que fazem as pessoas que vivem fora da sua terra. Hoje quando os teus pés tocarem na tua terra, além de todos os abraços dos que te amam e que tu amas, vais sentir falta.
Há saudades que nunca mais se podem matar.
Há saudades que são imortais, como não são as pessoas que amas: e essas duas condições estão fatalmente ligadas pela directa proporção.
E vais ter sempre que pousar os pés na tua terra e sentir falta. Pelo menos até seres, tu também, uma saudade imortal.
- Tenho saudades tuas, Tia.
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