Um dia será para acordar desta sonolência mórbida, de sentidos arrastados na terra: Para gritar: Que te quero odiar!
Odeio-te, preciso que sofras mais do que eu, preciso que a vida te multiplique a dor.
São meses multiplicados pelos dias, vezes as horas elevadas aos minutos, a expressão quantificada do que me enche fatalmente a alma…
Ao menos, sim pelo menos, que se divida esta dor por dois, em vez de estares seguindo tranquila pela vida que eu sonhei.
Sabes o que é ter aprendido e saber desprezar-me até ao esqueleto?
Sabes o que é ser advogado da hipocrisia e cheirar-me cínico até no suor da pele?
Sabes o que é sangrar-me para que morresse da cura de te tirar de dentro das minhas veias?
Sangue empastelado da tua existência, veias obstruídas da tua densidade em mim! E tu não sofres porquê?
Qual foi a nossa mentira?
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