sexta-feira, abril 20, 2007
















[Dan Flavin - untitled, 1992]
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Quando posso, há um sítio onde mergulho em água amarela, saturada de ferro e, embora me ardam os olhos, abro-os submergido, só pelo prazer de, nos momentos que me permite a suspensão da respiração, tudo ser de um amarelo baço e denso, único e silencioso. Imerso num tal silêncio, olhos inundados de luz e ouvidos saturados de água, tudo parece simples e puro.

Pena emergir, ofegante por ar: às vezes, às vezes o mundo apetece não respirar mais e abandonar ao corpo àquela água quente e plena...

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