
[Salvador Dali - Feather Equilibrium]
...
Começa a esgotar-se-me a semântica como quem perde a voz, perco o sentido às palavras que dou. A sintaxe daquilo que sinto perdia-a faz muito: nunca fiz muito sentido noutros ouvidos. Bem dizendo nem os meus ouvidos alguma vez me souberam ouvir.
Sou ruído, conjunto de sons sem significado ou sentido.
E olho o que escrevo percebendo que se perde a multitude que já houve. A vida cada vez mais linearmente aborrecida. Cheio de vícios destrutivos.
E sonho com o dia que voltarei a dizer uma frase com sentido, com sujeito, verbo e finalidade.
No dia em que vir essa frase escrita sei o que faço por esta vida.
Fazes-me um favor? Escreve-a num sítio bem visível porque eu sou distraído.
Nem mau nem arrogante: só distraído.
3 comentários:
Ai, o Dali... Sabes que me apaixonei pelo Dali no dia em que mo apresentaste.
Estivemos um serão a olhar para um livro dele... não sei o que mais me fascinou no momento, se o conhecer tal artista, se o poder aprender coisas contigo ou estar contigo.
Acho que acabou por me marcar mais a conjugação de tudo isto, toda a envolvência. Tenho saudades desses tempos, em que apenas era complicado aquilo que decidíamos complicar. E em que tudo o resto era simples; principalmente os nossos sentimentos.
Podes continuar a fascinar-me, como sempre, tal como ao longo de todos estes anos.
Beijos,
M.
Acorda!
abraço
Henrique
Adoro esses teus textos, a sério!E sabes q para eu te elogiar sem fazer uma piada pelo meio é dificil!Lol
Beijo
Lina
Enviar um comentário