
[Durer - O Desenhador]
Hoje descobri, armado como um cartógrafo, como o teu mundo é ridiculamente minúsculo. Nunca tinha pesquisado com o rigor matemático que coloca esse território objectivamente fora de mim: Minúsculo...
Hoje descobri também como o meu mundo cresceu.
Alguém já me diria que a verdadeira liberdade é ter um horizonte indeterminado...
O teu, estabeleci hoje com uma geometria infalível, é um ponto...
1 comentário:
atravessei o meu corpo como moeda de troca.
descolei a cabeça do corpo e pu-lo na mesa da aposta. a diferença entre mim e a miuda que miro pelo canto do olho e do retrovisor, na rua, é só o ela saber o que faz e com o que conta.
faço bluff mas bufo como um animal acossado quando alguém se aproxima demais.
corto a película ainda nas apresentações e transformo em estátuas os que olho, como alguém me fez a mim. a violência propaga-se, alastra como mancha ascendente no pano.
subi a parada até ao ponto que ninguém que não arrisque a vida pode jogar. quem diria que a femme fatale o podia ser não por sadismo mas por masoquismo, por uma dor tão funda que precisa do momento de promessa de eternidade do primeiro beijo para não derrapar de vez para a loucura? enquanto não há senãos, enquanto não há defesas, enquanto não há condições - as paredes desmoronam suavemente...
vampira da sensação pura busca amor etéreo e eterno, sem toque nem mácula, ou carne quente e molhada de saliva, sem confusão sentimental. g
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