sábado, maio 26, 2007















[Walter de Maria - Lightning Field]
...
As horas esperam-me. Somente elas, cheias do som da minha solidão: um eco grave de pedregulhos caindo em baques ensurdecedores. Um ruído que se aproxima como uma trovoada: eu, a pé e a chuva premonitória que me ensopa para que a tempestade saiba quem sou.
E as pedras és tu: caindo meteóricas, rachando o passado estéril que fui deixando.

Gritas tudo o que eu já sei e já não me metes medo!
Não ouves... Fazes demasiado barulho...
Aproveito e digo que te amo, mesmo antes de me acertares com a rocha pontiaguda da tua indiferença e seguires...

4 comentários:

Anónimo disse...

Porque aproveitar quando o ruído é demasiado para revelar os nossos sentimentos? Para que não nos ouçam? Para que não nos ouçamos? Para parecer menos real e penetrar menos na pele?

Acho que deverias procurar um momento de espera, de pausa, de silêncio, para revelares os teus sentimentos. Pelo menos, nesses poucos momentos, pode ser que as nossas palavras tenham reais repercussões e toquem lá fundo. Em nós e nos outros.

Entretanto decidi fundar um clube de apoiantes da publicação dos teus escritos. :-)

Beijos,

M.

ERRO FATAL disse...

Esse clube só vai ter um sócio: tu!

Bj!

Anónimo disse...

Dois...

Anónimo disse...

Tres...